Tática e Estratégica – Conjunto de Ações Diferentes e Interligadas

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Tática e Estratégica – Conjunto de Ações Diferentes e Interligadas

 01/03/2013

As ações táticas correspondem ao ambiente externo, e as estratégicas ao interno; ambas se completam e dependem de dados reais e planejamento. 

Paulo Eduardo Dubiel – A tática e estratégica são ações práticas com descrições metodológicas e fundamentais para nortear o processo de execução daquilo que se quer alcançar, elas possibilitam o êxito da operação com maior probabilidade de sucesso, independente da área, segmento ou ambiente. São ações com base em dados reais, pensadas, estudadas e planejadas que, se executadas com excelência, garantem benefícios de forma assertiva.

Existem diversos conceitos, metodologias e modelos de execução das ações  táticas e estratégicas, alguns deles contemplam a estratégia sendo criada de forma isolada, antes mesmo de decidir a tática. Essa é a mais comum, sua característica é de “planejamento” feito pela cúpula da empresa, de forma isolada à realidade do ambiente externo e até mesmo do próprio ambiente interno (ponto decisivo, caso a realidade seja vista de fora para dentro). No entanto, o conceito do qual as organizações podem experimentar resultados mais seguros, é aquele que contempla primeiro a definição da tática, depois a estratégica. Isso porque a tática tem sua base no mercado, na concorrência e na realidade de como o consumidor enxerga o negócio. Já a estratégica terá o objetivo de dar sequência e atender a demanda gerada pela tática.

A estratégia, quando utilizada de forma isolada para atender determinado processo de gestão ou demanda, certamente estará sendo executada aleatoriamente, pois se estivesse dentro de um planejamento maior, estaria associada a uma tática; dessa forma estaria fora do contexto profissional, pois nenhuma ação deve ser implementada isoladamente, sem prévio estudo e base na realidade do cenário existente. Pensar ou criar uma determinada estratégia é diferente de planejar, o planejamento da empresa tem suas bases nas avaliações e pesquisas constantes dos ambientes interno e externo.

A empresa que decide um planejamento estratégico e, depois tenta traçar uma tática para o mercado, com certeza se perderá; pois geralmente essas estratégias foram iluminadas por decisões internas da diretoria e, com isso, fora da realidade do mercado e consumidor. Dessa forma a representatividade da ação não irá condizer com a necessidade do mercado e, por essa razão, se for continuada e executada taticamente, desencadeará um cenário de prejuízos.

O pensamento isolado não prospera, por essa razão se houver também a criação do planejamento tático sem o estratégico, estaremos criando uma lacuna no processo, pois tanto a estratégia como a tática têm dependência mútua. É inconsistente contemplar a criação da estratégia antes de saber qual será a tática utilizada, até mesmo por ser a estratégia a sequência dessa ação, ou seja, a ação estratégica é a continuidade do resultado da tática. A ausência de parte desse conjunto de ações podem alterar os resultados, pois por mais excelente que seja a tática, sem estratégia de sustentação ela resultará em perda de valores.

As ações táticas e estratégicas precisam seguir juntas, do contrário nenhuma das duas promoverá resultados satisfatórios. Não existe como isolar o ambiente externo do interno e vice-versa, ambos fazem parte do mesmo cenário, estando inseridos em um só contexto e representando ambientes diferentes. A tática trata das ações externas, e a estratégica das ações internas.

Táticas de mercado podem ser elaboradas abarcando inovações no design de produtos, ideias de novos produtos e serviços, ponto ou localização da empresa, preço, promoção, novas metodologias de atendimento, distribuição, formas de pagamento, experimentação etc. Sempre com foco na necessidade real do consumidor, para atrair, encantar, conquistar e reter o cliente. É fundamental ter visão de mercado, pesquisas confiáveis e dados seguros, para ser assertivo na criação de barreira contra novos entrantes, nas políticas de combate aos concorrentes e na disputa de mercado.

A estratégia envolve planos de ação para os colaboradores, treinamentos instrutivos e palestras motivacionais, formas e métodos de atendimento, premiações internas, disposição de produtos, ambiente interno, comunicação interna da empresa, processos de gestão e comunicação organizacional, protocolos de procedimentos, plano de cargos e salários etc. Todas as ações planejadas devem ter suas bases nas pesquisas de satisfação, avaliação dos colaboradores e controle dos resultados. A razão de ser dessas ações é atender, conquistar e reter o consumidor, proporcionando o resultado final da ação tática.

Como exemplo: a tática comunica e faz propagar uma nova metodologia de atendimento no ambiente externo; a estratégica atenderá com excelência no ambiente interno, conquistará e reterá o consumidor. Não existe ação mais importante, a importância é traçar e definir o planejamento tático e depois dele definido, o estratégico. O fundamental nesse processo é o relacionamento de ambas as ações e os dados que norteiam as questões e subsidiam o planejamento.

A pesquisa do ambiente externo e a avaliação do interno são as únicas ferramentas capazes de proporcionar um norte seguro, real e verdadeiro; longe do achismo e das decisões de cúpula voltadas para o conhecimento pessoal da diretoria. É reconhecendo verdadeiramente as oportunidades e ameaças, como as forças e fraquezas dos ambientes, por meio da coleta de dados, que o planejamento terá grandes probabilidades de sucesso.

Antes de iniciar uma coleta de dados e elaborar o planejamento tático e o estratégico, o profissional deve entender o mercado e saber que os clientes estão escolhendo produtos e empresas que satisfaçam suas necessidades mais profundas. As pessoas estão lutando por um mundo melhor e não querem ser tratadas simplesmente como consumidoras, mas como seres humanos plenos: com mente, coração e espírito. Por isso, se os dados coletados estiverem totalmente diferentes daquilo que a diretoria pensava, tenha certeza que está no caminho, e continue o planejamento sob a luz da realidade do consumidor.

O maior inimigo do planejamento tático e estratégico são as vaidades, o achismo, as crenças e o profissional que leva as coisas para o lado pessoal na hora de planejar; com isso o viés nas informações contribui para a criação de ações contrárias ao necessário. No momento de planejar é importante não acreditar naquilo que se sabe, mas nos dados coletados sobre a realidade de como o cliente enxerga o negócio, os concorrentes que estão atuando e qual a expectativa real do consumidor etc. É de extrema relevância perseverar de forma inteligente com as ações tática e estratégica, pois bons planos são perdidos em função da ansiedade pelos resultados rápidos. Tenha certeza que o planejamento foi elaborado de forma segura, execute-o com excelência mesmo quando o resultado não acontecer, seja honesto, verdadeiro e profissional, assim terá resultados duradouros surpreendentes.

Por   Paulo Eduardo Dubiel
Gestor de Marketing & Executivo em Gestão de Negócios, Esp.

Paulo Eduardo Dubiel
Paulo Eduardo Dubiel
Paulo Eduardo Dubiel é publicitário, jornalista e gestor de negócios e marketing profissional; graduado em Gestão de Marketing, MBA Executivo em Gestão de Negócios, pós-graduado em Gestão da Inteligência Emocional, com extensão em Gestão Pública de ODM – Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, Gestão de Resíduos, Gestão Ambiental e Administração do Tempo e demais cursos. Consultor Master com 25 anos de experiência profissional nas áreas estratégicas, táticas e operacionais.

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