Turismo Tenta Agir para Seguir com a Liberação dos Vistos
A medida ofende o princípio internacional da reciprocidade, ela parece uma ação paliativa e isolada para o segmento que tanto pede socorro.
Por Olheinfo – O segmento de turismo no Brasil há anos vem patinando com ações paliativas para tentar alcançar os resultados previstos nas pesquisas, tanto no volume de turistas, quanto no aumento da arrecadação. Não há planos de governo para melhorar a qualidade do turismo receptivo no Brasil. Ações isoladas e sem continuidade não surtem efeito, apenas diminui o impacto negativo do turista estrangeiro em época específica.
Dispensar o visto para os cidadãos da Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão é uma ação que gera insegurança e coloca em risco diversas estruturas de combate ao crime organizado, ao tráfico de crianças, de mulheres, de animais, ao tráfico de drogas e armas. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) fala que a medida ofende o princípio internacional da reciprocidade, quando os riscos são bem maiores; inclusive com a qualidade do público-alvo que a tal medida beneficia.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou na semana passada um projeto para sustar o decreto do governo federal que dispensa visto para os cidadãos da Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão. Segundo o parlamentar, a medida ofende o princípio internacional da reciprocidade.
A proposição vai de encontro com uma das mais importantes vitórias obtidas pelo Turismo do Brasil nos últimos anos. O fim dos vistos para esses mercados é uma reivindicação da indústria há décadas, pois vai gerar mais divisas para todo o País. Medidas adicionais, como mais promoção do Brasil no Exterior, também são pedidas pelo trade.
A dispensa do visto de entrada no Brasil para turistas de quatro países (Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão) pode significar um ótimo incremento de visitantes e receitas turísticas no País. De acordo com uma análise do Conselho de Turismo da Fecomercio-SP, só o número de visitantes estadunidenses em território nacional deve ser multiplicado por quatro, gerando uma injeção de gastos extras de R$ 6,4 bilhões, anualmente.
Para saber a opinião dos cidadãos, o Senado abriu uma consulta pública para saber quem apoia ou não o projeto. “O trade precisa se mobilizar e votar Não. O Não significa o nosso desacordo com a proposta de revogação do decreto presidencial. O fim da exigência de vistos é uma reivindicação antiga e não há dúvidas que vai atrair mais turistas e divisas. Só com o visto eletrônico a procura pelo Brasil aumentou”, diz o CEO da PANROTAS, José Guilherme Alcorta.
Fonte: Panrotas.com.br | Danilo Teixeira Alves