Produtividade é gerada pela qualidade pessoal
22/10/2012
A produtividade é fator decisivo para a competitividade e o crescimento sustentável do negócio. Mesmo estando bem, sempre será fundamental melhorar.
A questão da produtividade não está ligada apenas à lucratividade, mas ao crescimento e à permanência do negócio no mercado. Abordamos em matéria anterior, que não existe ponto neutro para uma empresa no cenário mercadológico – se não houver crescimento, haverá declínio.
Em busca de resultados, as empresas estão incrementando os investimentos na geração de valores a partir de funcionários motivados, capacitados e mais satisfeitos. A valorização do capital humano dentro das empresas ganhou visibilidade devido aos resultados relacionados ao aumento da produtividade.
É importante frisar que a valorização do colaborador, deve estar desvinculada do lucro que ele poderá representar para a empresa; mesmo sabendo que inevitavelmente esse será o resultado gerado. Não se motiva colaboradores apenas com bons salários, cursos, premiações, palestras, treinamentos, ginástica laboral, horário flexível etc. É com a soma de todos esses benefícios, ao respeito da pessoa como ser humano, que será integrada à relação.
Motivação, entusiasmo, profissionalismo, disciplina, também não respondem positivamente ao processo produtivo, quando isolados. Não há elevação da produtividade com ações isoladas, que resultem de forma duradoura. Toda ação deve obedecer a um planejamento e ser colocada em prática num contexto que represente sua totalidade produtiva.
A maior força produtiva de um negócio é a vontade individual e pessoal do colaborador de realizar. Comprometimento gera motivação. Depois, aprendizagem e reconhecimento também geram motivação. Um dos fatores preponderantes para manter o colaborador comprometido é ajudá-lo ensinando-o a superar seus problemas pessoais.
Pessoas com problemas pessoais não produzem. Colaboradores não conseguem separar seus conflitos do momento produtivo; por essa razão é fundamental que o conhecimento ensinado na empresa seja, não somente científico, técnico e prático, mas voltado para o lado pessoal, para a vida. Isso representa cuidado, respeito e valorização plena do colaborador.
Ainda existem aqueles empresários que pensam em contratar empregados obedientes, esses estão fadados ao fracasso de seus negócios. Não existe produtividade e motivação em uma empresa de colaboradores regidos pelo “chicote”; eles precisam do salário e permanecem até a primeira oportunidade para dar o troco da humilhação.
Qualificar colaboradores pode custar caro para uma empresa, quando não há a retenção desses talentos. A empresa investe durante todo tempo e depois perde o colaborador preparado para o concorrente, que oferecer uma pequena proposta de melhoria salarial. Isso dificilmente acontece quando o processo abrange políticas individuais e respeita determinados valores pessoais nos profissionais.
É fundamental inserir o colaborador na empresa, não como parte do processo ou representando o marketing, pois eles são a própria empresa. As edificações e os materiais não produzem resultados, nada fazem sem as mãos dos colaboradores. O aumento e a diminuição da produtividade é o estado emocional e espiritual de cada colaborador.
O resultado da excelência na produtividade está no pensamento, na emoção e no sentimento individual equilibrado e focado; são esses estados psíquicos humanos, que incluem processos conscientes e inconscientes capazes de determinar o sucesso ou fracasso. A base do controle é a consciência de cada um – maturidade espiritual.
As companhias reconhecem a importância e o valor dos colaboradores comprometidos, aqueles que fazem acontecer porque querem, por vontade própria; porém o ponto crucial, que poucos conhecem é o como torná-los assim; partindo do princípio de que é raro encontrar talentos comprometidos que queiram servir, em troca de salários. A complexidade da relação produtiva se resume na simplicidade que deveria ser.
Por Paulo Eduardo Dubiel – Executivo em Gestão de Marketing e Negócios, Esp.
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