O Conhecimento como Gerador de Riqueza nas Organizações
03/09/2012
Não há o que se falar em planejamento, estratégia, tática e rentabilidade duradoura, sem o conhecimento e como estruturá-lo nos relacionamentos.
A relação intrapessoal nas organizações, que divide de um lado os patrões e de outro os empregados, está obsoleta. Hoje empregados são vistos como colaboradores e clientes internos, ou seja, aqueles que merecem o mesmo respeito dos clientes externos. Os colaboradores devem ser vistos como o todo do negócio, e não como uma parte dele; eles são o negócio.
Mente de serviço excelente é como são chamados aqueles que pensam e pensam no que estão pensando; aqueles que também desaprendem e aprendem com velocidade; servem o próximo não por dinheiro ou comissão, mas por vontade profissional. Esses são diferentes dos profissionais considerados como: “mão de obra qualificada”, os que trabalham por dinheiro e cumprem seus horários.
A base principal da valorização nas organizações sempre foi o conhecimento, que hoje vem sendo reconhecido aos poucos. A maior barreira para aqueles que desejam adotá-lo é o famoso fantasma da era industrial, que ainda assombra o mundo empresarial – vê as pessoas como custos e não como receitas.
É preciso desenvolver e estruturar continuamente o conhecimento – material intelectual bruto – dentro das organizações, para isso é necessário transformá-lo em capital intelectual; a partir desse momento ele passa a agregar valor aos produtos/serviços. E esse capital é, em alguns casos, mais valioso do que o próprio capital econômico da empresa.
Nos próximos anos as organizações estarão sendo desafiadas a mostrarem suas competências, do contrário não sobreviverão. O processo de gestão abarca as competências de execução das tarefas diárias e exige um grande índice de conhecimento e inteligência, para impedir os relacionamentos estreitos, tornar os sistemas cada vez mais abertos, igualitários e honestos.
Os colaboradores têm que pensar, planejar e agir conjuntamente para, em equipe, explorar as oportunidades, os serviços, relacionamentos e resolver os problemas. A organização diz respeito à forma como estruturamos os nossos relacionamentos, adequando-os à nova realidade imposta pelo cliente e mercado. Isso exige a mudança, constante se necessário, das nossas ideias sobre métodos e os padrões de organização.
Para atingir o estágio de excelência nos resultados e a prosperidade duradoura na organização, só é possível preparando as pessoas por meio de treinamentos, com: educação, motivação, espontaneidade, amor, gentileza, desenvolvimento intelectual, emocional, relacionamento intrapessoal e interpessoal; para depois avaliar e controlar constantemente o processo.
Investir em quem de fato está receptivo a essa transformação é a única maneira de crescer, conquistar e reter resultados. Os demais precisarão entender e, de forma natural, enxergar o crescimento, a necessidade de desaprender e mudar. Isso será possível quando todos perceberem que são reconhecidos, estão crescendo e levando benefícios para seus lares.
Não se pode ignorar a presença de espírito, ou seja, preparar as pessoas para que mantenham o equilíbrio entre o corpo, a mente e o espírito. Não existem ações isoladas, por isso ninguém conseguirá sucesso no preparo de sua equipe se não entender que o corpo da empresa é formado por membros diferentes, com necessidades diferentes; que precisam ser tratados também de forma diferente.
Uma equipe bem estruturada é semelhante a uma máquina, que trabalha com suas peças no tempo certo, de forma alinhada. Quando a equipe atinge esse grau de excelência, pode considerar-se vencedora; porém o mais difícil não é ser vitorioso, é manter a vitória. Fato que exige avaliação, pesquisa, controle e adequação constante.
Colaborador feliz é aquele que percebe sua importância na organização, independente da sua função; cresce, desaprende e aprende, pensa no porque está pensando, serve a todos sem medir esforços e com vontade profissional. Ele forma o clima organizacional saudável, alimenta a comunicação clara e o bom relacionamento; com isso, soma sua inteligência à corporação e gera riquezas contínuas e duradouras a ela.
Paulo Eduardo Dubiel
Executivo em Gestão de Marketing e Negócios, Esp.