Invenções Necessárias e que Agradam no Dia a Dia

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Invenções Necessárias e que Agradam no Dia a Dia

As dificuldades, as necessidades, o sucesso e a perseverança num projeto de invenção; relatados por um inventor.

Ficar atento às invenções vale a comodidade que elas representam no seu dia a dia. Elas surgem quando menos esperamos, começam tímidas e logo ocupam os lugares para os quais foram destinadas; para isso sempre contam com a perseverança de um inventor e empreendedor.

Mas nem tudo é fácil quanto parece para transformar uma boa ideia num projeto e depois numa realidade de mercado, mesmo que essa invenção seja necessária.

No início, toda novidade pode parecer simplesmente uma coisa a mais para a maioria dos consumidores, pois há uma suposta rejeição inconsciente ao novo (foi o caso com o computador, canudinho, saleiro, porta guardanapos etc.).

Os consumidores num primeiro momento preferem as coisas das quais estão acostumados, em função do seu hábito de consumo. No entanto, as novidades que surgem no mercado, também facilitam o dia a dia e favorecem determinados hábitos de consumo.

Há grandes diferenças entre a invenção e a inovação. A invenção é algo totalmente novo, traz um conceito novo de funcionalidade e usabilidade. A inovação é algo que já existe melhorado.

Ambos os projetos cabem patente e são merecedores de elogios quando facilitam o fazer de algo e até protegem o consumidor de danos sérios como o caso do uso do limão.

Entre outras invenções encontramos o exemplo que figura bem, é o Pralimao, um espremedor de limão de mesa, uma invenção que protege o consumidor dos danos causados pelo limão.

A invenção teve como base as pesquisas de mercado das quais resultaram na descoberta da necessidade do consumidor. O inventor e também gestor profissional montou um plano estratégico de marketing, Paulo Eduardo Dubiel é também publicitário e jornalista, ele passa a relatar o passo a passo desse caminho de luta e sucesso, conforme segue:

Paulo Eduardo fala que a ideia do Pralimao surgiu de um incômodo pessoal com a forma que lhe serviam o limão à mesa. Eu adoro limão na refeição, sempre que frequentava os restaurantes e a pedida era acompanhada com limão, eu tinha que pegar e espremer o limão com a mão, garfo e faca, pedir para o garçom espremer ou trazer espremido etc.; para mim era um verdadeiro incômodo, não me conformava!

Comecei a observar informalmente que os demais consumidores sentiam e passavam pelo mesmo inconveniente. Até que Deus me deu um sonho de como seria um produto para evitar esse transtorno.

Foi então que iniciei um planejamento estratégico, com processo de pesquisa, para ter a certeza de que tudo era uma realidade mercadológica, um nicho de mercado; e não apenas uma visão pessoal.

O primeiro passo foi elaborar e executar uma Pesquisa Exploratória por Observação, com relatos e depoimentos da necessidade detectada. Parece uma tarefa simples, porém é complexa na forma da qual se executa, pois observar pessoas é diferente de pesquisá-las com objetivo profissional e comercial; você pode criar viés de pesquisa e obter dados conforme sua visão, ou colher os dados com base na realidade do mercado.

Segundo passo, solicitei uma Pesquisa Documental internacional junto ao INPI, para identificar a inexistência de produtos com a mesma funcionalidade. Solicitei também um parecer para a Anvisa e Inmetro, com objetivo de levantar as exigências do segmento. Ambas as pesquisas documentais foram favoráveis ao processo, permitindo com isso sua continuidade.

Terceiro passo – Iniciei a criação do design da peça e um pré-projeto detalhando da sua funcionalidade, para protocolar o Pedido de Patente de Invenção junto ao INPI. Aguardei meses e depois que o INPI aceitou o projeto, contratei uma empresa especializada em Desenho Industrial, para desenhar o molde do projeto de injeção. Investi um montante financeiro significativo para pagar: a fabricação de protótipos, o projeto de engenharia que foi custeado também pela UnB/CDT e o Sebrae-DF, a fabricação do molde e injeção do tryout – tiragem teste.

Depois das peças de teste prontas, o quarto passo foi identificar o real interesse do consumidor em utilizar um utensílio para o fim que haveríamos de propor; elaborei na Peds GM&C um projeto de pesquisa, que contou com a participação de cinco colaboradores.

Utilizei a Pesquisa Exploratória por Conveniência no estado do DF, com seguinte critério: nível de confiança de 95%, erro amostral de +/- 3%, Split 80/20, volume de amostras 1.100 amostras que correspondem ao universo de 1 milhão de consumidores; o resultado de Pesquisa foi de 98% de aceitação junto aos consumidores de limão à mesa. Concomitantemente foi criado o Plano de Marketing a logomarca, embalagem, site, folder e demais peças publicitárias.

Após os resultados de pesquisa, demos o quinto passo, iniciamos as buscas para negociar a fabricação do molde e a injeção em escala industrial do Pralimao.

Patrocinamos várias rodadas de negócio no Maksoud Plaza Hotel em São Paulo, junto com fábricas, indústrias e empresas do segmento. Entre elas selecionamos uma fabrica capacitada para fabricar o molde, injetar as peças e embalar em blister o conjunto, numa escala de 8.000 conjuntos/dia. A fábrica também nos atenderia com a impressão das peças para o segmento promocional.

Hoje estamos comercializando o Pralimao pela web e vendendo diretamente para as lojas do segmento de utensílios para o lar, empórios etc. O consumo do Pralimao resulta em elogios e geram satisfação para o consumidor. Inovamos constantemente as embalagens e demais peças de comunicação e marketing, assim como cores etc. E finaliza o inventor Paulo Eduardo.

Com esse relato, o inventor demonstra que não basta ter uma boa ideia, tem que planejar, pesquisar, atuar perseverantemente e entender sobre gestão de negócios e ser acima de tudo empreendedor.

O Pralimao, depois de um ano de fabricação, ganhou um prêmio internacional de design – o prêmio Bronze no Industrial Designers Society of America – com o bronze no melhor do design brasileiro. Sua funcionalidade continua gerando um alto índice de aceitação e os consumidores agradecem por isso.

Em Brasília a Empório Árabe Marzuk atende seus clientes servindo o limão à mesa com o Pralimao e vendendo o conjunto com cinco peças, ao preço que pode variar de R$ 35,00.

“O Pralimao é excelente nunca havíamos encontrado nada parecido, ele evita os constrangimentos diversos que o limão causa, nós servimos e nossos clientes adoram, ficam encantados e compram para levar para casa”, falam os colaboradores do Empório Árabe.

O Brasil é um país de muitas ideias e poucas oportunidades. As pessoas que têm as suas invenções só conseguem as colocar em prática com apoio financeiro, o governo nada contribui; ao contrário o INPI atua com um processo totalmente pernicioso à concessão da patente e na maioria das vezes indefere com exigências sem a devida notificação.

Relata ainda Paulo Eduardo que o “momento mais difícil num processo entre a invenção, fabricação e a comercialização são todos, que cada momento é um desafio e parece não ter fim. A dica é nunca desistir quando o inventor já tem um plano bem traçado.”

Por Olheinfo – 11/09/2019

Serviço: conheça o projeto do Pralimao: https://youtu.be/AaEdydXz6es

Paulo Eduardo Dubiel
Paulo Eduardo Dubiel
Paulo Eduardo Dubiel é publicitário, jornalista e gestor de negócios e marketing profissional; graduado em Gestão de Marketing, MBA Executivo em Gestão de Negócios, pós-graduado em Gestão da Inteligência Emocional, com extensão em Gestão Pública de ODM – Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, Gestão de Resíduos, Gestão Ambiental e Administração do Tempo e demais cursos. Consultor Master com 25 anos de experiência profissional nas áreas estratégicas, táticas e operacionais.

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