Gestão da Inteligência Competitiva
01/04/2013
Processo de trabalho que possibilita a tomada de decisão segura, o desenvolvimento do potencial competitivo da organização e a melhoria contínua da inteligência de negócio e colaboradores.
Com base no gerenciamento de todos os dados e informações que abrangem os ambientes interno e externo da organização, é possível decidir sobre a lucratividade presente e futura do negócio. A inteligência competitiva parte do pressuposto de que, não há dúvidas sobre o futuro quando se conhece a realidade do negócio e se tem facilidades de analise e velocidade na tomada de decisão; porém para que isso seja possível, os colaboradores envolvidos no processo precisam manifestar suas habilidades e inteligências.
Sem a inteligência de negócio (Business Intelligence) não há resultados e previsões assertivas, porém pode-se alcançar algum sucesso aleatório, sem base e controle; no mesmo tempo, o resultado pode deixar de acontecer a qualquer momento. Existem diversas formas de obter resultados positivos, porém deve-se optar pelas que oferecem continuidade e possibilidade de controle. Quando o crescimento e o potencial competitivo do negócio advêm de decisões inteligentes, com base em dados seguros e reais, surge o planejamento assertivo e a execução das tarefas com a manifestação da inteligência de negócio.
A inteligência competitiva consiste no conhecimento e na visão complexa do todo, resumido de forma simples em ações táticas e estratégicas executáveis. O negócio em qualquer segmento é sustentado basicamente por dados e informações que subsidiam a tomada de decisão a curto, médio e longo prazo. A inteligência do negócio tem relação com os colaboradores que buscam solução para manter com equilíbrio a prosperidade intelectual, emocional, espiritual e financeira da empresa.
Existem gênios que apontam defeitos e sábios que buscam soluções; administradores que tomam decisões equivocadas no gerenciamento de conflitos, e gestores que potencializam resultados, motivam e capacitam equipes; colaboradores incapazes de executar tarefas difíceis e outros com inteligência emocional equilibrada. Todos formam os diversos setores da empresa, e oscilam sempre – dias bons de muita motivação, outros de queda, conflitos, e desânimo; não haverá empresas e departamentos excelentes para sempre.
Entre outros, o maior potencial competitivo é o conhecimento real do negócio, dos ambientes externo e interno, que subsidiam o planejamento tático e estratégico. A tomada de decisão assertiva dependerá, não só das informações, mas também da inteligência e competência de quem as coleta, analisa e decide. A visão inteligente do tomador de decisões é fundamental para o sucesso e para manter a empresa de forma competitiva no mercado.
De nada valerá dados e informações com viés, coletados e adquiridos por meio de processos equivocados, independentes do planejamento estratégico e longe da inteligência competitiva; dessa forma é melhor não tê-los, pois uma estrutura sem base é melhor que outra com a base errada. A melhor informação é aquela que ninguém tem, como também, a que é extraída do processo de pesquisa imparcial à vontade e necessidade de crescimento do negócio.
Não se pode separar a tecnologia, da informação, inteligência, sabedoria e visão; todos são o processo e não apenas fazem parte dele. Como também, nós somos o ambiente e não apenas fazemos parte dele. Não há o mais importante, por isso as empresas não podem investir fortunas em tecnologia e ignorar o gestor com visão e sabedoria, ele é diferente do técnico e do colaborador inteligente, do gênio criador do software. Colaboradores têm inteligências diferentes e cada qual com potenciais produtivos diferentes.
A movimentação estratégica inteligente é a liberdade da alma e a expressão do espírito nas organizações. Nem sempre aquele mais experiente no segmento terá a visão necessária para subsidiar uma determinada ação; muitas vezes existem limitação e bloqueio da visão. O gestor externo exerce função indispensável, pois, de forma imparcial ao processo adotado, busca os dados e as informações por meio de pesquisas e análises de mercado; consegue conhecer os cenários, concorrentes, o consumidor e a visão real que o cliente tem do negócio.
Adotar a metodologia do conhecimento e analisar constantemente os concorrentes, novos entrantes, as tendências, necessidades de consumo, o comportamento e a satisfação do consumidor, é fundamental para as empresas permanecerem a frente das decisões; anteciparem suas ações, com projeções assertivas direcionadas, invés de meramente reagir às necessidades do mercado e às ações dos concorrentes. Para alcançar essa perspectiva, as empresas precisam investir na melhoria contínua dos seus colaboradores, incluindo a modernização dos meios eletrônicos de coleta de dados, processamento e divulgação das informações.
É importante entender que todo processo, seja ele tecnológico ou de relacionamento interpessoal, é alimentado e executado por pessoas; por isso a relação intrapessoal pode ser considerada o cerne da questão, por ser a base da inteligência emocional. Tudo que surge posteriormente é o reflexo dessa relação do profissional com ele mesmo. Por isso, pode-se afirmar que não existirá inteligência corporativa de negócio competitiva o bastante, sem que a inteligência emocional seja superior.
Valorizar as pessoas – colaboradores e consumidores – é manter uma base sólida nas relações globais existentes e na formação do corpo do qual somos e não apenas fazemos parte dele. Quando há o entendimento e a inserção em um único corpo, vive-se a totalidade; é quando o colaborador investe toda sua inteligência e – empresa/mercado, colaborador/cliente – recebem também a plenitude naquilo que buscam. Essa é a visão com sabedoria, que alinhada à missão com inteligência, potencializam resultados de forma plena e contínua.
O maior investimento para obter o potencial da inteligência competitiva de negócio da empresa, é compreender e subsidiar o gerenciamento das emoções dos colaboradores e consumidores. O crescimento pessoal, profissional e espiritual dos colaboradores, proporciona as habilidades da inteligência emocional, tais como: motivar a si mesmo e persistir em face às frustrações; controlar impulsos, canalizando emoções para situações apropriadas; gratificação pessoal; motivar pessoas, ajudando-as a liberarem seus melhores talentos e conseguir seu engajamento nos objetivos de interesse comum ao trabalho em equipe; empatia; mediação de conflitos; motivação; liderança; tolerância; gerenciamento do tempo; solidariedade; criatividade; honestidade; empreendedorismo; senso crítico; habilidade na comunicação etc. Profissionais competentes são criativos e inventam processos de trabalho com base nas necessidades informadas.
Em uma empresa a inteligência corporativa de negócio estará associada aos trabalhos em equipe, sem espaço para o autossuficiente que despreza valores de companheiros, clientes, fornecedores e subordinados, que pretende trabalhar sozinho; esse não apenas fracassará, mas será um grande gerador de frustrações na organização. Nenhum grande gênio suplanta a força da união de talentos de uma equipe. Inteligência emocional está relacionada às habilidades necessárias para analisar dados e traçar previsões de sucesso para o negócio.
Reações emocionais e seus efeitos comportamentais podem somar ou subtrair num processo de tomada de decisão, mesmo com base na administração dos dados e na inteligência de negócio. A preocupação com a qualidade e produtividade setorial, departamentos, diretoria, empresa, consumidor, certamente passa pela elevação do índice de inteligência emocional do gestor, tomador de decisão e envolvidos. Profissionais dotados de intuição criativa são mais capazes de superar e projetar soluções que os tarimbados.
Por Paulo Eduardo Dubiel
Gestor de Marketing & Executivo em Gestão de Negócios, Esp.