A Motivação e o Sucesso das Organizações
22/01/2013
As empresas buscam cada vez mais a motivação para seus colaboradores por meio de palestras, premiações e ações que permitem ao gestor identificar visualmente seus resultados. Mas por que essa motivação logo vai embora?
O motivar é um trabalho a longo prazo, relacionado à disciplina e ao aprendizado intrapessoal e interpessoal – relação individual interior e entre pessoas –, que está intrinsecamente ligado às ações que movem o espírito e a parte superior do ser. Esse trabalho de base mantém a equipe motivada, aprendendo a aprender e desaprender, com vontade própria e não por obrigação. Assim a empresa e seus colaboradores não se vêem isolados do ambiente, apenas fazendo parte dele, mas sendo o próprio ambiente e interagindo com sua melhoria. Dessa forma o crescimento espiritual motiva, impulsiona a pessoa para uma vida melhor nas áreas pessoal, familiar, social, profissional.
Ninguém conseguirá realizar uma tarefa com excelência, por muito tempo, se não for excelente em todas as áreas de sua vida; o alimento da excelência é a disciplina, conhecimento, planejamento, atitude, alegria e entre outros a motivação. Sem a verdadeira motivação não há razão de ser, apenas de ter por um curto período, por não haver sustentação espontânea. Existe grande diferença entre o colaborador excelente e o que apenas executa ações bem sucedidas.
As tradicionais palestras motivacionais e ações isoladas de dinâmica surtem bons efeitos. Aparentemente funcionam como uma “injeção de ânimo”, promovendo resultados momentâneos que alegram os colaboradores, pois atingem uma parte superficial do ser, relacionada com a alma – mente, emoção e sentimento. Mesmo tendo continuidade, essas ações não podem proporcionar resultados a longo prazo, por não desenvolverem a base no interior das pessoas, estimulando a necessidade de repetidamente promover novos ciclos de ações animadoras, denominadas “motivacionais”.
Parece um fantasma, quando falamos de algo abstrato, ou seja, de conceitos e ações intangíveis. Na verdade, o “espírito da coisa” é o real conceito do espírito que compõe o nosso ser, pois somos formados de corpo, alma e espírito. Hoje alimentamos e cuidamos bem de nosso corpo, pouco da alma e nada do espírito, que tem ficado esquecido e mal alimentado. Por isso temos a falta de motivação, amor e alegria interior na vida das organizações, porque queremos acreditar apenas no que os olhos podem ver, no benefício do sorriso e na compra da motivação, por meio de premiações e vantagens. O fato é que a verdadeira motivação não está à venda, mas se permitirmos que a expressão interior aconteça, os colaboradores e as organizações promoverão, por longo tempo a lucratividade, o sucesso com motivação e excelência.
Por Paulo Eduardo Dubiel – Executivo em Gestão de Marketing e Negócios, Esp.