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A Importância do Desaprender

26/11/2012

O desaprender pode ser mais importante que o aprender, até mesmo porque é o processo que antecede o aprendizado. Quem não desaprende, aprende de forma limitada.

Para entender e praticar na íntegra determinado tema, o fundamental é deixar de lado os preconceitos, hábitos errados e a forma comumente utilizada de enxergar o cenário. Ao contrário, quando isso não acontece, o aprendizado adquirido pode perder sua essência e ficar limitado ao que for de maior interesse. Mesmo sendo o preconceito existente comprovadamente superior aos novos conhecimentos, é indispensável isolá-lo por completo até que haja uma conclusão final dos fatos atuais.

Grande parte da população, dentre empresários, profissionais, consumidores, professores, alunos, falam em aprender e adquirir conhecimento; porém a minoria entende a importância do desaprender, entre esses ainda, poucos são os que conseguem praticar essa indispensável sabedoria. Desaprender é um conceito e ação que favorece o conhecimento de forma abrangente, por permitir que o mesmo seja interpretado e praticado sem a interferência dos conceitos pessoais, ultrapassados ou adquiridos em outro contexto.

Como exemplo, um ensinamento Bíblico: “E ninguém deita vinho novo em odres velhos; doutra sorte, o vinho novo rompe os odres e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; o vinho novo deve ser deitado em odres novos. Marcos 2:22”. Podemos comparar essa parábola com o ato de desaprender os conceitos pessoais – idéias, pensamentos, ponto de vista, opinião, ou seja, toda concepção adquirida ao longo da vida, na relação profissional, social etc. ­­–; para depois aprender o novo. Conhecer a realidade e a verdade na íntegra é o maior diferencial competitivo em qualquer segmento.

Na verdade, para aprender e absorver determinado conhecimento de forma que se consiga vivenciar a essência do seu conteúdo, é indispensável desaprender para evitar a interferência dos conceitos já existentes. Ao longo da vida as pessoas somam conhecimentos, os quais se acumulam; são novos aprendizados que se juntam com os antigos e, com isso, modificam a realidade dos fatos e resultados. A justificativa de valorizar aquilo que se conhece parece plausível, mas não passa de engano próprio, pois um fato novo não pode ser tratado com dados antigos.

Por exemplo: o diretor antigo, de uma determinada empresa, com muita experiência, terá vários preconceitos formados ao longo de sua carreira; para uns, será qualificado positivamente, para outros poderá ser um profissional com visão obsoleta. Esse profissional, independente da classificação que lhe for atribuída, quando se deparar com um novo estudo de mercado ou do cenário interno do seu negócio, poderá até assimilar grande parte do conteúdo, porém se não se livrar de todos os seus preconceitos, não conseguirá absorver a verdadeira riqueza do novo conhecimento – os pormenores e os detalhes que são os pontos focais do negócio. Muitos sequer se dão conta de suas limitações e chegam a tomar decisões totalmente equivocadas, mesmo tendo acesso a estudos de mercado.

O desaprender, na prática, é comumente utilizado pelos gestores especialistas, para promover a lucratividade na força de vendas, antes da introdução de uma nova estratégia. O processo inverso, e que antecede o aprendizado, é utilizado geralmente na eliminação dos erros comportamentais da equipe de trabalho. Iniciado o processo, por si só, resultará de imediato em benefícios diversos – conquista e retenção de clientes, melhoria do clima organizacional, lucratividade etc.

O processo do desaprender, dependendo dos resultados que a equipe de trabalho estiver apresentando, pode responder melhor em resultados monetários que o próprio aprender. Se a equipe estiver errando excessivamente em determinados pontos, apenas com a eliminação dos erros conseguirá grandes resultados financeiros. No entanto, nesse mesmo cenário dar-se-á continuidade à ampliação dos resultados com a introdução de novas estratégias e conhecimentos.

Estar preparado para o novo é um processo contínuo de desaprender e aprender nas suas proporções. Nem tudo deve ser desaprendido, porém é necessário que todo novo conhecimento seja adquirido sem a influência dos conceitos existentes.

Por Paulo Eduardo Dubiel
Executivo em Gestão de Marketing e Negócios, Esp.

Paulo Eduardo Dubiel
Paulo Eduardo Dubiel
Paulo Eduardo Dubiel é publicitário, jornalista e gestor de negócios e marketing profissional; graduado em Gestão de Marketing, MBA Executivo em Gestão de Negócios, pós-graduado em Gestão da Inteligência Emocional, com extensão em Gestão Pública de ODM – Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, Gestão de Resíduos, Gestão Ambiental e Administração do Tempo e demais cursos. Consultor Master com 25 anos de experiência profissional nas áreas estratégicas, táticas e operacionais.

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