Gestão & Marketing

O Processo é Fator Decisivo no Resultado  

O Processo é Fator Decisivo no Resultado  
  • Publishedoutubro 5, 2024

O Processo é fator decisivo no resultado e predominante para o sucesso mercadológico das empresas.

Avaliação, controle e adequação são ações decisivas no resultado do processo; enquanto que a boa ideia nem sempre é garantia de sucesso.

Preliminarmente, todo resultado é proveniente de um processo e todo processo tem por base três etapas – planejamento, execução e resultado. O foco erroneamente no resultado é um dos maiores problemas que as empresas enfrentam pela falta de visão estratégica. Todo esforço estratégico, tático e operacional deve estar concentrado no planejamento e na execução, por serem etapas que podem ser manipuladas e adequadas.

Assim sendo, a excelente ideia ou o bom planejamento não alcançará os benefícios em potencial caso o processo de gestão seja falho e ignore os meios corretos de execução com as devidas etapas que envolvem a avaliação, o controle e a adequação; sem seguir essas etapas, a raiz da ideia inicial e até do planejamento se deteriorará e se perderá.

Sobretudo, quando há a perda do controle, haverá também a desconfiguração do processo de gestão como um todo, é quando geralmente a ideia e o planejamento inicial se deterioram com a substituição de ações aleatórias não estudadas e não contempladas anteriormente.

Por fim, todo negócio cresce na medida em que consegue ser controlado e adequado de forma planejada. Isso significa que tanto o crescimento tangível como o intangível necessitam de constante avaliação e adequação sob o aspecto tático e estratégico, ambos embasados pelo feedback real do mercado consumidor e do colaborador.

 

A empresa que mantem o foco no resultado não alcança a excelência

Primeiramente, grande parte das empresas que tentam manter um relacionamento com o consumidor e o foco em simplificar a relação comercial para reduzir custos, aumentar a velocidade de crescimento e aumentar os lucros. Essas empresas estão focadas no resultado de vender, lucrar e crescer cada vez mais. Nada de errado com tais metas agressivas, salvo se o foco fosse o planejamento e a execução com base na qualidade total do relacionamento com os clientes internos e externos.

Com isso, a empresa que mantem o foco no resultado não alcança a excelência no processo de planejamento e de execução, por consequentemente não atender as necessidades do consumidor e cliente. O resultado é a etapa final e a consequência do meio, ou seja, do processo adotado!

Outro erro fatal nas empresas é a inversão de valores quando a necessidade do empresário (dono da empresa) está em primeiro lugar, e a necessidade do consumidor (dono do negócio) está em segundo lugar. Quem decide é o consumidor que tem o poder de compra. A melhor estratégia para crescer e obter mais lucro de forma sustentável é manter o cliente encantado, pois o simples fato de satisfazer o cliente é uma obrigação de qualquer empresa.

Por fim, clientes insatisfeitos criticam, não indicam e não comentam sobre a empresa, eles chegam a repetir relação de compra até encontrar outro fornecedor. Ao contrário desse exemplo, o cliente encantado comenta sobre a empresa com empolgação e volta a fazer negócio mesmo que consiga uma condição melhor no concorrente. A melhor estratégia não é o preço baixo (o preço atrai e a qualidade retém). A melhor estratégia é ter o preço competitivo e proporcionar a melhor experiência de consumo para o consumidor.

 

A excelente ideia é responsável pelo sucesso?

Inicialmente, não se pode acreditar que a excelente ideia e o excelente planejamento tático e estratégico são os responsáveis pelo sucesso dos negócios, tais elementos são partes e contribuem com as etapas iniciais do processo como um todo.

Ações isoladas não surtem efeitos duradouros, por isso não basta ter a excelente ideia ou o bom planejamento bem embasado e estruturado. No contexto mercadológico não cabe o erro ou a falha em uma das etapas de planejamento e execução, o negócio necessita de adequação e ajuste constante para gerar resultados lucrativos, sustentáveis e contínuos.

Ainda assim, geralmente, a boa ideia deixa de gerar os resultados positivos e os benefícios disponíveis quando o processo de execução e gestão não percorrem os meios corretos. A tendência dos administradores é desviar o foco do planejamento inicial para a etapa do resultado com objetivo de obter o lucro imediato.

Em síntese, o foco errôneo no resultado é um dos maiores problemas que as empresas enfrentam pela falta de visão estratégica. Esse erro é proveniente da precipitação da etapa fim que tem o tempo certo para gerar o resultado e acaba assumindo a prioridade e o foco necessário da etapa inicial que é o planejamento e da etapa meio que é o processo de gestão.

Acreditar e perseverar no processo planejado

Acima de tudo, o planejamento estratégico existe para nortear a execução do processo e garantir em termos o resultado projetado. Acreditar, perseverar e até adequar o processo planejado, mesmo que ele siga sem resultado monetário por um período, é mais indicado que permitir a sua deterioração e a perda da ideia inicial.

Em outras palavras, quando a base da ideia inicial e do planejamento é desconfigurado o processo seguirá aleatoriamente e os resultados aparecerão sem controle; resultados esses, imediatos e antiprodutivos por não haver sustentabilidade para permanecerem a médio e longo prazo.

A perda do controle, proveniente da desconfiguração do processo, acontece geralmente quando as ações planejadas são substituídas por ações aleatórias e isoladas do contexto. Isso ocorre geralmente pela ansiedade ou a falsa necessidade de antecipar o ganho financeiro, porém ao final acaba gerando a perda dos resultados qualitativos e até quantitativos que viriam futuramente de forma contínua e sustentável.

 

A complexidade da circularidade produtiva

Sobretudo, o ambiente necessita de ações complexas, sérias, que proporcionem resultados em longo prazo, projetos que tenham continuidade até que atinjam o limite da autoprodução – quando os valores agregados à todas as áreas alimentam o processo de crescimento circular, proporcionam o desenvolvimento pessoal de cada um por completo, contribuindo assim para o ambiente do qual somos e não apenas fazemos parte dele.

Assim sendo, o ambiente – sistema vivo que interage com toda forma de vida do qual somos e não apenas fazemos parte dele – necessita de ações com excelência no planejamento e na execução que refletem positivamente nas consequências dos seus resultados e evitam o tão conhecido declínio de 60% das empresas com no máximo dois anos de vida.

Do mesmo modo, não há como persistir em ações com resultados a curto prazo, que apenas justificam o lucro e ignoram as medidas essenciais para vida. O ambiente necessita de ações complexas, sérias, que proporcionem resultados em longo prazo, projetos que tenham continuidade até que atinjam o limite da autoprodução – quando os valores agregados à todas as áreas alimentem o processo de crescimento circular, proporcionem o desenvolvimento pessoal de cada um por completo, contribuindo assim para o ambiente do qual somos e não apenas fazemos parte dele.

 

O sistema que funciona em termos de circularidade produtiva.

Em primeiro lugar, o termo poiesis é grego e significa produção. Autopoiesis quer dizer autoprodução. A palavra surgiu pela primeira vez na literatura internacional em 1974, num artigo publicado por Varela, Maturana e Uribe, para definir os seres vivos como sistemas que produzem continuamente a si mesmos.

Contudo, esses sistemas são autopoiéticos por definição, porque recompõem continuamente os seus componentes desgastados. O termo “autopoiese” traduz o que ele chamou de “centro da dinâmica constitutiva dos seres vivos”. Para exercê-la de modo autônomo, eles precisam recorrer a recursos do meio ambiente. Em outros termos, são ao mesmo tempo autônomos e dependentes. Trata-se, pois, de um paradoxo.

Nesse sentido, essa condição paradoxal não pode ser adequadamente entendida pelo pensamento linear, pois este analisa as partes separadas, sem empenhar-se na busca das relações dinâmicas entre elas. Tal termo é melhor compreendido por um sistema de pensamento que englobe o raciocínio sistêmico (que examina as relações dinâmicas entre as partes) e o linear.

Portanto, sendo os sistemas autopoiéticos a um só tempo produtores e produtos, pode-se também afirmar que eles são circulares, ou seja, funcionam em termos de circularidade produtiva. Reafirmo que esse entendimento só pode ser satisfatoriamente proporcionado por meio do pensamento complexo. Sabemos que nossa cultura é profundamente formatada pelo pensamento linear e, que, esse fato tem resultado em significativas consequências, algumas delas muito graves, como estamos vendo e alguns vivendo.

 

O crescimento é inevitável quando há controle do processo

De antemão, o crescimento é inevitável quando há disciplina na condução das ações de avaliação e controle absoluto do processo e dos resultados planejados. Nesse cenário, a qualidade da avaliação e do feedback do colaborador, do cliente, do consumidor e do mercado é fundamental.

Em outras palavras, obter a informação sem um processo estratégico de coleta de dados é mais que perda de tempo, pode ser uma ação contrária ao desenvolvimento, pois a informação errada tem um grande poder de destruição, e nesse caso, é melhor não tê-la por perto.

Ou seja, todo negócio só cresce na medida em que é controlado e adequado de forma correta. A partir do momento que a avaliação e o controle deixarem de existir ou perderem a sua eficácia, tudo que fizer parte do plano de longo prazo se perderá. É quando a frase antiga da publicidade faz sentido.

“mas vale uma péssima ideia bem trabalhada, que uma boa ideia mal trabalhada”

Analogamente, é como a regulagem de todos os mecanismos do carro de Formula 1 que precisa ser avaliado e controlado em tempo real para desempenhar seu potencial máximo em uma corrida. Ou, por exemplo, como uma plantação de grãos que exige o planejamento adequado para que tudo aconteça no tempo certo e quando algo errado for detectado na avaliação e no controle poderá ser corrigido imediatamente antes de gerar a perda do resultado esperado. Nas empresas, o processo de avaliação e adequação evita a perda do cliente e consecutivamente do faturamento que esse cliente proporciona.

A maioria das empresas opera sem plano e sem controle

Antes de tudo, o maior problema das empresas não é a queda do poder de compra do mercado, são os seus próprios erros! É importante frisar que o melhor é manter o processo com ações e resultados a curto, médio e longo prazo, gerando retorno sustentável e contínuo.

Sabemos que, a maioria das empresas no Brasil não tem por hábito planejar e controlar seu processo de gestão. Esse comportamento é bastante comum no meio empresarial que contempla, sobretudo, o lucro imediato. Com o passar do tempo, tais empresas declinam ou crescem menos que poderiam e jamais chegam ao ponto máximo de aproveitamento do potencial que o negócio oferece.

Nesse sentido, há muitos bons negócios rentáveis que funcionam de forma aleatória ou com base na vontade pessoal do gestor e que proporcionam bom retorno financeiro. Porém, tais negócios, não se comparam com os outros que seguem adequadamente um planejamento e geram lucros sustentáveis e contínuos com o aproveitamento de todo benefício e potencial mercadológico disponível.

Por fim, para manter o crescimento sustentável e lucrativo da empresa e do negócio é necessário manter o foco em cada etapa do planejamento e da execução do processo de gestão com constante avaliação, controle e adequação no aspecto tático e estratégico. É importante também ficar atento à qualidade do feedback real do consumidor e colaborador para que haja a melhoria contínua do processo de gestão e consecutivamente dos resultados produtivo, financeiro e de ampliação das unidades de negócio. Na dúvida, busque a ajuda de um profissional qualificado – Peds GM&C.

 

Por Paulo Eduardo Dubiel
Executivo em Gestão de Marketing & Negócios, Esp.

 

Written By
Paulo Eduardo Dubiel

Paulo Eduardo Dubiel é publicitário, jornalista e gestor de negócios e marketing profissional; graduado em Gestão de Marketing, MBA Executivo em Gestão de Negócios, pós-graduado em Gestão da Inteligência Emocional, com extensão em Gestão Pública de ODM – Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, Gestão de Resíduos, Gestão Ambiental e Administração do Tempo e demais cursos. Consultor Master com 25 anos de experiência profissional nas áreas estratégicas, táticas e operacionais.

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