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O Verdadeiro Sentido do Carnaval no Mundo e o Uso do Dinheiro Público

O Verdadeiro Sentido do Carnaval no Mundo e o Uso do Dinheiro Público
  • Publishedmarço 6, 2019

O Carnaval no Brasil está perdendo o sentido da criatividade e a imagem transmitida para o mundo não justifica o investimento do Governo Federal.

Por Olheinfo – O Carnaval de 2019 trouxe um ousado e polêmico cenário da história cristã de forma deturpada e pouco criativa – à cena de Jesus Cristo sendo pisado pelo diabo, um quadro que certamente agradou bem menos que conflitou e gerou repudia social. A criatividade não está no mirabolante e muito menos no polêmico, quando o profissional está sem criatividade seus resultados podem oscilar e não alcançar o resultado esperado. Existem diversas regras que são indispensáveis na criação de um cenário de comunicação, principalmente quando estamos comunicando para o mundo; a principal regra ética é comunicar a verdade e não se distanciar da moral. A moral e a fantasia muitas vezes são atropeladas para destacar o outro lado.

Apresentar para o mundo um cenário de Jesus Cristo sendo pisado pelo diabo, não é apenas uma afronta ao Cristianismo, é uma parte da história contada de forma mentirosa. A inversão de valores não ofende apenas aos cristãos, ofende principalmente o sentido do Carnaval que é um festival do cristianismo ocidental que ocorre (fevereiro ou início de março) antes da estação litúrgica da Quaresma; durante o período historicamente conhecido como Tempo da Septuagésima (ou pré-quaresma).

O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XX; um longo período de paz e prosperidade para o povo britânico, também conhecido como Pax Britannica, com os lucros adquiridos a partir da expansão do Império Britânico no exterior, bem como o auge e consolidação da Revolução Industrial e o surgimento de novas invenções. Tudo isso permitiu que uma grande e educada classe média se desenvolvesse. A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Santa Cruz de Tenerife, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspiraram no Carnaval parisiense para implantar suas novas festas carnavalescas. Já o Rio de Janeiro criou e exportou o estilo de fazer carnaval com desfiles de escolas de samba para outras cidades do mundo, como São Paulo, Tóquio e Helsinque.

O Carnaval normalmente envolve uma festa pública e/ou desfile combinando alguns elementos circenses, máscaras e uma festa de rua pública. As pessoas usam trajes durante muitas dessas celebrações, permitindo-lhes perder a sua individualidade cotidiana e experimentar um sentido elevado de unidade social.

O consumo excessivo de álcool, de carne e outros alimentos proscritos durante a Quaresma é extremamente comum. Outras características comuns do carnaval incluem batalhas simuladas, como lutas de alimentos; sátira social e zombaria das autoridades e uma inversão geral das regras e normas do dia a dia.

O termo Carnaval é tradicionalmente usado em áreas com uma grande presença católica. No entanto, as Filipinas, um país predominantemente católico romano, não comemora mais o Carnaval desde a dissolução da festa de Manila em 1939, o último carnaval no país. Nos países historicamente luteranos como por exemplo a Suécia, Noruega e Estônia (entre outras nações) a celebração é conhecida como Fastelavn e em áreas com uma alta concentração de anglicanos e metodistas (como a Grã-Bretanha e o sul dos Estados Unidos), as celebrações pré-quaresmais, juntamente com observâncias penitenciais, ocorrem na terça-feira de carnaval. Nas nações eslavas ortodoxas orientais, o Maslenitsa é celebrado durante a última semana antes da Grande Quaresma. Na Europa de língua alemã e nos Países Baixos, a temporada de Carnaval tradicionalmente abre no 11/11 (muitas vezes às 11:11 a.m.). Isto remonta a celebrações antes da época de Advento ou com celebrações de colheita da Festa de São Martinho.

A comitiva da Escola de Samba Gaviões da Fiel explicou, em entrevista, sobre a cena da luta do mal prevalecendo contra o bem: “foi incrível, nós alcançamos o objetivo com essa polêmica de Jesus e o diabo, realmente com a fé de cada um”. Comunicar isso para o mundo em uma festa com princípios de paz e alegria é realmente bastante ousado para o Brasil. O Carnaval é uma festa popular e livre; no entanto, os desfiles das Escolas de Samba acontecem com verba pública e são comunicados para o mundo. Não estamos tratando da imagem de uma Escola de Samba em específico, mas da imagem do Brasil. O Governo Federal deveria avaliar o conteúdo patrocinado com a verba pública!

Por Paulo Eduardo Dubiel – Jornalista Responsável
Fonte Wikipédia

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Paulo Eduardo Dubiel

Paulo Eduardo Dubiel é publicitário, jornalista e gestor de negócios e marketing profissional; graduado em Gestão de Marketing, MBA Executivo em Gestão de Negócios, pós-graduado em Gestão da Inteligência Emocional, com extensão em Gestão Pública de ODM – Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, Gestão de Resíduos, Gestão Ambiental e Administração do Tempo e demais cursos. Consultor Master com 25 anos de experiência profissional nas áreas estratégicas, táticas e operacionais.