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A História se Repete! Vale sabia dos riscos de Brumadinho…

A História se Repete! Vale sabia dos riscos de Brumadinho…
  • Publishedjaneiro 27, 2019

Bastava a fiscalização mais efetiva por parte dos Órgãos Públicos  competentes, para que vidas humanas, animais e o meio ambiente fossem poupados.

Por Olheinfo – Em Brumadinho, de acordo com o Corpo de Bombeiros, subiu para 34 o total de corpos resgatados em Brumadinho (MG), após o rompimento de uma barragem da Vale na última sexta-feira. O último balanço oficial, divulgado na manhã deste sábado, apontava onze mortos. Ainda segundo o Corpo de Bombeiros, há 81 desabrigados e 23 vítimas foram encaminhadas a hospitais.  O trabalho de buscas deve se prolongar por semanas, mesmo debaixo de chuva forte em Brumadinho, o que atrapalha os esforços de resgate. Inicialmente, havia quatro pontos de buscas onde os bombeiros acreditavam que poderia haver sobreviventes. Em um deles,  um ônibus soterrado,  todos os ocupantes foram encontrados mortos. Ainda não há atualizações sobre o número de vítimas encontradas no veículo. Restam ainda três desses pontos de resgate com possíveis sobreviventes: uma locomotiva, parte de um prédio que desabou e a região de uma comunidade em Parque das Cachoeiras. 26/01/2019, 17h04, Fonte Agência O Globo.

A visita do presidente Jair Bolsonaro a Brumadinho (MG) neste sábado, 26, um dia após o rompimento da barragem da Vale, gerou comparações nas redes sociais com a atuação das autoridades após o rompimento das barragens em Mariana (MG), em 5 de novembro de 2015. A então presidente da República, Dilma Rousseff, só visitou a cidade uma semana depois da tragédia, no dia 12 de novembro. A demora foi criticada por representantes de órgãos federais e da sociedade civil. Na época, Dilma respondeu, após a visita, que ia lá “para fazer, não só para visitar”.

A ministra do Meio Ambiente na época, Izabella Teixeira, só sobrevoou a região pela primeira vez ao lado de Dilma, no dia 12. Antes, disse à imprensa que a responsabilidade ambiental era da empresa. Pimentel também foi criticado em 2015 por dar coletiva de imprensa no dia 8 de novembro na sede da Samarco, a empresa responsável pelas barragens que romperam.

Ricardo Vescovi, presidente da Samarco em 2015, só no dia 11 deu uma coletiva de imprensa em conjunto com o presidente da Vale, Murilo Ferreira, e Andrew Mackenzie, presidente da mineradora australiana BHP Billiton. As três empresas formavam o conglomerado responsável pela Samarco. A Vale divulgou uma nota no dia 6 de novembro, um dia após o acidente, e Murilo Ferreira sobrevoou o local no dia 7, mas se manteve em silêncio até o dia 11.

A tragédia de Brumadinho teve respostas bem mais rápidas das autoridades.

Tanto o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, quanto o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, já sobrevoaram a região no dia do rompimento da barragem, 25 de janeiro. Zema, em entrevista coletiva à noite, informou que se encontrariam “somente corpos”. No sábado, 26, ele conversou novamente com a imprensa junto com Ricardo Salles após sobrevoarem novamente o local em companhia do presidente Jair Bolsonaro e de secretários do governo de Minas. Bolsonaro se manifestou pelo Twitter e detalhou as atas do decreto assinado por ele no dia 25, que determinou a criação do Conselho Ministerial de Supervisão de Respostas a Desastre coordenado pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Após reunião de trabalho com Zema e Salles, Bolsonaro deixou Minas sem falar com a imprensa.

Fabio Schvartsman, presidente da Vale desde 2017, convocou uma coletiva de imprensa no próprio dia 25, no Rio de Janeiro, declarou que o rompimento em Brumadinho deve ser uma tragédia “mais humana que ambiental” e informou que a barragem estava desativada havia três anos. Um gabiente de crise foi criado para auxiliar o resgate e dar assistência às famílias das vítimas, a maioria funcionários da própria empresa. Ele afirmou, na noite do dia 25, que viajaria para Brumadinho logo em seguida.

Dilma Rousseff usou o Twitter neste sábado (26) para dizer que em 2015 “assinei decreto que considera natural desastres como rompimento de barragens”. Segundo Dilma, o objetivo do tal decreto era permitir que as vítimas do rompimento da barragem em Mariana pudessem sacar o FGTS.

A opinião do cidadão sobre a atitude da ex-presidente é bastante comum.  Assinar um Decreto com essa legalidade é um tanto negligente na visão popular. Se o objetivo do Decreto foi o saque do FGTS, então o decreto deveria ser exclusivamente para sacar o FGTS e não para conceder a impunidade. Outra observação é que as vítimas não deveriam sacar o FGTS, mas sim serem indenizadas imediatamente com os recursos das empresas responsáveis e amparadas pelo próprio Governo Federal que é corresponsável em função da ausência de fiscalização.

Ainda comentando o decreto assinado pela ex-presidente da República: a atitude mais assertiva seria assinar um Decreto aumentando o rigor das punições e da fiscalização. O crime ambiental considerado uma catástrofe em Mariana ainda não foi indenizado.

Documentos mostram que Vale sabia dos riscos de Brumadinho

A Vale soube que havia problemas nos sensores da barragem em Brumadinho dois dias antes do rompimento que matou, segundo os dados mais recentes, 150 pessoas e deixou 182 desaparecidos.

A informação vem de e-mails trocados por funcionários da empresa e da consultoria alemã Tüv Süd, obtidos pela Polícia Federal.
Além dos dados discrepantes dos sensores, pelo menos cinco piezômetros, que medem a pressão de líquidos, não estavam funcionando.
A Vale disse que não vai se pronunciar durante as investigações. (Estadão)

O comando da companhia teme que o funcionário Alexandre Campanha seja preso pela PF nas próximas horas.

Em depoimento, o engenheiro Makoto Namba acusou Campanha de tê-lo pressionado a assinar um laudo de estabilidade da barragem de Brumadinho. (Globo)

E ontem a empresa se recusou a assinar um Termo de Ajuste Preliminar Extrajudicial proposto pelo Ministério Público com ações emergenciais em Brumadinho.
A empresa disse que precisa fazer uma análise técnica das 40 medidas, que incluem ressarcimento da perda de arrecadação do governo de Minas e da prefeitura de Brumadinho. (Estadão)

Uma coisa é o desastre natural, outra é a negligência estrutural das barreiras… a barreira construída para represar líquidos ou massas jamais poderia romper, até mesmo por ser seu único fim…

O Brasil espera mais rigor na fiscalização, na prevenção de acidentes e na prevenção de catástrofes; assim como Leis mais duras e o cumprimento das mesmas tanto nas indenizações as vítimas quanto na reparação do meio ambiente.

Paulo Eduardo Dubiel – Editor e Jornalista Responsável

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Paulo Eduardo Dubiel

Paulo Eduardo Dubiel é publicitário, jornalista e gestor de negócios e marketing profissional; graduado em Gestão de Marketing, MBA Executivo em Gestão de Negócios, pós-graduado em Gestão da Inteligência Emocional, com extensão em Gestão Pública de ODM – Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, Gestão de Resíduos, Gestão Ambiental e Administração do Tempo e demais cursos. Consultor Master com 25 anos de experiência profissional nas áreas estratégicas, táticas e operacionais.

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