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Inteligência Artificial e Espiritualidade

Inteligência Artificial e Espiritualidade
  • Publishedfevereiro 11, 2025

Inteligência Artificial e Espiritualidade

A inteligência artificial (IA) tornou-se um dos fenômenos mais transformadores do século XXI, despertando fascínio, medo e debates profundos sobre seu impacto na humanidade. Enquanto algumas aplicações trazem benefícios extraordinários, outras experiências avançadas serviram como alertas sobre os riscos de uma tecnologia que avança mais rápido do que nossa capacidade de compreende-la e de regulá-la.

Neste artigo, convido o leitor a revisitar o tema à luz dos recentes desenvolvimentos, explorando tanto os perigos quanto as maravilhas da IA, e refletindo sobre o papel da espiritualidade nessa jornada evolutiva. A IA já está integrada em diversos aspectos da vida moderna, trazendo avanços que pareciam inimagináveis há algumas décadas. Na medicina, algoritmos de IA são capazes de diagnosticar doenças com precisão superior à de muitos especialistas humanos, como no caso de cânceres detectados em estágios iniciais por meio de imagens médicas analisadas por máquinas.

Na educação, plataformas adaptativas personalizam o aprendizado, atendendo às necessidades individuais de cada estudante. Na sustentabilidade, a IA otimiza o uso de recursos naturais, ajudando a combater as mudanças climáticas. Além disso, a IA tem sido uma aliada na inclusão social. Tecnologias como tradução automática e assistentes virtuais estão rompendo barreiras linguísticas e capacitando pessoas com deficiências a terem maior autonomia. Essas aplicações demonstram o potencial da IA para promover um futuro mais justo e equitativo. No entanto, nem todas as experiências com IA têm sido bem-sucedidas. Alguns casos recentes destacam os riscos associados ao uso irresponsável ou mal intencionado dessa tecnologia.

Um exemplo emblemático foi o lançamento de chatbots que, ao serem treinados com dados tendenciosos ou inadequados, reproduziram discursos de ódio, discriminação e desinformação. Outro caso preocupante foi o uso de sistemas de reconhecimento facial para vigilância em massa, levantando questões sobre privacidade e liberdades individuais.

Além disso, há o temor de que a IA possa ser usada para manipulação em larga escala, como em eleições ou campanhas de desinformação. A criação de “deepfakes” — vídeos falsos hiper-realistas — já mostrou como a tecnologia pode ser usada para difamar pessoas ou espalhar notícias falsas. Esses exemplos servem como alerta para a necessidade de regulamentação e controle ético sobre o desenvolvimento e aplicação da IA. No campo da Ciência são incontáveis as formas de utilização da IA, por exemplo, uma empresa britânica, chamada EctoLife causou arrepios há alguns anos.

Ela ofereceu a possibilidade de à partir da fecundação “in vitro” e a manipulação do DNA assegurar um “Super Humano”, resistente a doenças, com escolha de características físicas (cor do olho, pele, tipo de cabelo etc). se isso não bastasse para chocar a todos, disseram buscar a autorização do FDA americano (equivalente a nossa ANVISA aqui), para oferecer ao mundo a possibilidade de gestação de crianças em um “útero artificial”.

Ou seja, será que, vamos encomendar filhos para uma IA que além de um Menu Biológico vai ser a barriga de aluguel da humanidade do Futuro? Os aspectos éticos envolvidos são de grande sensibilidade e contrastam muito com as convicções tradicionais sobre a vida biológica e, no caso dos posicionamentos religiosos, despertam verdadeiras preocupações pois abalam os padrões de entendimento relacionados com a soberania divina sobre o ser humano.

Francisco Cândido Xavier, foi uma das maiores personalidades espirituais, que o mundo já conheceu. O Médium mineiro nascido na cidade de Pedro Leopoldo em 1910 e falecido em Uberaba no ano de 2002, foi vendedor, tecelão e datilógrafo. Filho de pais analfabetos, tinha apenas o ensino primário mas escreveu aproximadamente 500 obras e 10.000 cartas, cujos conteúdos, foram transcritos através do seu dom mediúnico da “psicografia”. A erudição de sua escrita, a abordagem minuciosa de histórias seculares, as mensagens de conforto aos familiares narradas por seus entes queridos no “além”, a profundidade do seu amor e a reprodução exata do estilo literário de alguns escritores famosos, intrigam até hoje a Ciência. No ano de 2017, Chico Xavier passou por uma prova de fogo. Suas obras, narradas pelos Espíritos de Emanuel (seu Mentor), André Luis e Humberto de Campos foram submetidos ao crivo da Inteligência Artificial que em resumo, analisou os estilos literários dos “autores espirituais”, após submeter 3 obras de cada um à rede neural de um sistema de aprendizagem profunda (deep learning) dos computadores da empresa Stilingue, dedicada a análise de textos na internet.

O objetivo era identificar se de fato, havia distinção nos padrões literários que pudesse ser comprovada ou seja, se no final da análise havia um padrão, um estilo único. O dom mediúnico empregado, poderia ser naturalmente questionado acerca de sua veracidade. Esta mesma técnica foi utilizada pela Inteligência Artificial para recriar textos do dramaturgo inglês, Sheakespeare após milhões de dados identificados, comparados e textos reproduzidos com suas características mais fiéis. Neste teste com as obras de Chico Xavier, 3 bots (robôs), foram utilizados para aprender sobre cada autor, recriando textos deles no padrão aprendido. Em seguida, precisavam provar que havia diferença entre os estilos, então confundiram a máquina misturando tudo.

O “bot” de um autor deveria escrever com o estilo do autor dissecado por outro bot e assim por diante. Chegaram à conclusão de que os erros, as discrepâncias subiram muito, ou seja, tornou-se impossível para os modelos encontrarem os mesmos padrões literários entre as entidades espíritas ou seja, Chico passou no teste da IA, pois concluíram com base nesta experiência a diferença marcante do estilo literário dos autores. A probabilidade dele ter criado e dominado diferentes estilos não pode ser descartada, porém sua genialidade seria igualmente admirável. Admitindo-se esta simultaneidade entre mundos, não estamos justamente tratando de transcendência ou manifestação do potencial quântico contido na mediunidade?

Chico detinha também o dom da Psicometria (pelo toque conhecia a vida, as memórias e os pensamentos das pessoas). Ele entrava na onda mental dos Consulentes e sabia o que haviam registrado em cartas sem mesmo abri-las, o que foi comprovado diversas vezes. Psicografias em Luxemburguês por parte de Chico, em árabe por parte do Médium Divaldo Franco, também ressaltam os mistérios de nossas Tecnologias Espirituais, muito longe de serem entendidas pelas investigações científicas e tecnológicas, que apesar de disruptivas estão prezas a padrões lineares e cartesianos, de suas visões seccionadas de uma Realidade Maior.

O Papa Francisco na Encíclica Papal, “Fratelli Tutti” (Todos irmãos), afirma: Redes Sociais: “São capazes de realizar formas de controle que são tão sutis quanto invasivas, criando mecanismos de manipulação das consciências e do processo democrático”.Dependência Digital: “as relações digitais, que dispensam a fadiga de cultivar uma amizade, uma reciprocidade estável e até um consenso que amadurece com o tempo, têm uma aparência de sociabilidade, mas não constroem verdadeiramente um ‘nós’; na verdade, habitualmente dissimulam e ampliam o mesmo individualismo que se manifesta na xenofobia e no desprezo dos frágeis”.

Divaldo Franco um dos mais célebres representantes da doutrina espírita Kardecista, em 2016, referiu-se aos excessos tecnológicos dos seres humanos: “Após haver criado com alta tecnologia as máquinas e até mesmo o cérebro artificial, vem-se tornando escravo das suas exigências. Estamos no auge da comunicação virtual e uma grande parte da sociedade encontra-se “conectada” nesse mundo, perdendo as excelentes oportunidades da convivência pessoal. É, sem dúvida, um momento embaraçoso e grave, porque o individualismo toma-lhe conta e o exaure com o excesso de informações rápidas e sem grande sentido. Logo, como já vem ocorrendo, surge a “saturação tecnológica”, a falta de objetivo psicológico na existência, provocando a solidão avassaladora que culmina nos transtornos de várias denominações, inclusive, a depressão”.

Fonte: IG

Written By
Ana Karla - Redação Olheinfo

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